segunda-feira

A bela Alemanha


Saímos de Paris rumo a Alemanha, dessa vez de ônibus, eram 6 da manhã quando saímos para fazer um tour pelo país que menos pesquisei sobre, pois afinal queria o elemento surpresa para a Alemanha, pois ao planejar uma viajem você ja começa de certa forma nela, no planejamento, pra não dizer que não vi nada , vi o básico sobre o país.



Cruzamos a França passando por Luxemburgo, um país bem pequeno que fica na rota, a partir dai a paisagem começa a mudar, assim como a vegetação e o tempo também.Apesar de ser verão na Europa, está um pouco frio, levo minha blusa por garantia, paramos para almoçar em um restaurante na estrada, cuja comida é muito boa, por ser a primeira refeição em solo alemão foi melhor do que o esperado, só não tomamos cerveja porque era um pouco cedo.

Iríamos percorrer o que os alemães chamam de "rota romântica", cujo conceito surgiu na década de 50. Graças ao milagre econômico alemão, o que hoje se tornou uma boa estratégia de marketing nomear caminhos, estradas etc., na época foi uma tentativa num primeiro momento de atrair os soldados americanos que estavam estacionados nesta região.
Além disso, era importante mostrar aos turistas que quando se falava em Alemanha, não se pensava somente em guerra e destruição.
Enfim, a Rota foi um sucesso e hoje é sem dúvida uma das atrações mais procuradas da Alemanha.Apesar de ser bonita a região, pelo nome, até que não tinha muito casal em lua de mel, ainda bem, tínhamos feito amizade com o Itamar e Silvia, um simpático casal recém aposentados, e um grupo de Equatorianos, Mexicanos, que estavam por la.
O caminho que estávamos é conhecido pelo vinho branco produzido por lá, onde paramos para um passeio de escuna pelo Rio Main, com direito ao famoso vinho branco e alguns castelos de "quebra" pelo trajeto todo do rio, além dos vinhedos, ventava um pouco e deu uma chuva rápida, mas a vista era incrível.Os diversos castelos da região encantam pela beleza da arquitetura e pelo contexto da paisagem, ja terminando o passeio pelo rio Main, onde ficamos batendo papo com o casal de brasileiros, os únicos
eram nós, o resto era "gringo".
Descemos para conhecer Heidelberg e depois Rotembourg, duas cidadezinhas medievais da Alemanha que são exemplo de organização em turismo, e estão bem próximas, mas com beleza típica, medieval, com seus cafés, lojas de artesanato, catedrais e castelos,parece aquelas cidades que vinham no modelo do "lego" para montar, de tão organizadas e limpas que são, o comércio de artesanato, esse famoso pelo "cuco", sim o bichinho que sai do relógio de madeira, o Michel comprou um pra presente, e depois ficamos caminhando pelas ruas após tomar um café, nada de cerveja alemã ainda!Experimentei um doce típico muito gostoso em Hieldeberg, parecido com um strudel.
A cidade tem algumas pontes muito bonitas, e como é incrivelmente limpa, e com muito verde e flores por todo o lado, o clima estava bom, apesar do clima nessa época do ano variar um pouco entre sol e um pouco de nublado e chuva, o sol havia mostrado a cara.Parece que parou no tempo.



Após descarregar as fotos em uma lan, com um senhor alemão que dizia em inglês que, para dar certo, precisaria de "drrrrivaldi", "you need divrrralvi", demorou um tempão pra gente entender que se tratava de dvd, o figura ja tinha ficado no Brasil uns oito meses, na região do Ouro Preto, e cidades históricas, muito mais europeus do que eu imaginava ja tinha vindo ao Brasil, também, com a nossa moeda comparada ao euro, os caras podem vir ao Brasil ou qualquer lugar do mundo quantas vezes quiser.



Outro detalhe é que da Europa para outros países, como Índia, Marrocos, é muito mais barato do que ir de avião para outras capitais como Moscou por exemplo.Sorte deles.Antes de seguir almoçamos por lá, um prato que não demorou nada e muito saboroso, uma salda de batatas deliciosa e salsichas alemãs com mostarda, e que mostarda!Enfim a cerveja alemã, a primeira.



Seguimos para Frankfurt, para uma parada estratégica, também ja tinha sido avisado por outros viajante que Frankfurt não tinha nada de interessante, era só um lugar "pra fazer escala".Fomos ao centro da cidade, com uma praça bonita, bem movimentada, mas a quantidade de prédios novos de Frankfurt é algo fora de comum para os padrões europeus, ao menos no centro da cidade.Frankfurt é bem representativa para a Alemanha, pois é um grande centro financeiro da Europa abrigando vários bancos importantes e é famosa também pelas feiras automobilísticas, além do maior aeroporto da Alemanha.

Depois descobrimos que a cidade não tinha muito o que fazer no sentido de visitação em patrimônio histórico , pois havia sido bombardeada e reconstruida pós segunda guerra.De fato a cidade não é das melhores pra fazer turismo, bem moderna, bonita, mas bem longe do que esperávamos, afinal não estávamos empolgados em ver o centro financeiro.Seguimos para o hotel depois de andar pelo centro, sem ficar com muita saudades de Frankfurt. Após Frankfurt seguiríamos para Munique, onde na estrada, muito bem conservada, vimos vários carros em alta velocidade, algumas com limite de velocidade bem acima do que estamos acostumados.

No caminho a Munique ligamos para o Bories, outro conterrâneo que mora na cidade, e marcamos de tomar uma cerveja no centro de Munique.Depois do nosso atraso, fomos a um restaurante bem típico, e muito antigo segundo o Bories, que nos recebeu com a sua mãe, que estava na cidade, jantamos e tomamos algumas cervejas alemãs, experimentamos várias, impressionante a diversidade de cervejas, elas são um pouco mais fortes e encorpadas do que as nossas brasileiras, mas são excelentes, a prosa estava boa, mas seguimos.


Fomos andar pelo centro da cidade, onde paramos pra ver um músico muito carismático que ficava imitando alguns cantores famosos, e juntou um monte de gente ao redor, como tinha dito no post sobre Londres, coisa muito comum por lá, nas ruas, no metro, eles sempre com um chapéu ou boné onde o povo vai jogando moedas, o centro de Munique é bem bonito, com ares modernos misturados ao histórico, mas bem equilibrado.

Seguimos cedo andando por Munique, onde visitamos alguns pontos turísticos e onde faríamos a melhor refeição da viagem até agora, na noite anterior pedimos algumas dicas sobre o castelo mais famoso do país, ainda em solo da Baviera, ou Bavária para nós, seguimos em frente para um dos pontos altos da viagem.





Subindo por um espetacular caminho cortado por montanhas e ciprestes, paramos em um espaço onde paravam os carros e ônibus, ao pé da subida para o castelo que fomos visitar. o impronunciável: Schloss Neuschwanstein.






Perto de Fussen, a sudoeste da Baviera, perto da fronteira com a Áustria, estava o castelo do século XIX, que foi erguido por Luís II da Baviera, conhecido também por "Rei Louco" devido ás suas extravagâncias, a construção foi inspirada na obra de compositor clássico Wagner.



Sua arquitetura medieval, o qual serviu de inspiração ao "castelo da Cinderela", símbolo da Disney. Não é permitido fotografar por dentro, mas pode-se ver vários afrescos inspirados por Wagner, e é incrivelmente conservado, muito luxuoso, além de também ser considerado o "cartão postal" da Alemanha.



O nome Neuschwanstein significa "novo cisne de pedra", uma referência ao "cavaleiro do Cisne.Para subir até o castelo há uma rua pavimentada, que você pode escolher: a pé ou de charrete, fomos a pé, subindo, até chegar a uma ponte suspensa onde pode-se ver o castelo de um ângulo espetacular





Sua imponência na paisagem, cortada por desfiladeiros, cascatas, e muito verde por todo o lado, dando um ar bucólico, parecendo aqueles castelos de livro infantil, não é a toa que está disputando para ser uma das maravilhas do mundo, realmente inesquecível!






Na descida paramos um pouco e tomamos mais algumas das deliciosas cervejas do país, de onde seguimos para a Áustria, para uma curta passagem pelo país antes de ir para a Itália, a essa altura estávamos cansados mas felizes por ter visto esse impressionante monumento.






Alemanha, país de várias vertentes, moderna, com suas estrada e sua indústria automobilística famosa no mundo todo, seu centro financeiro, sua gastronomia surpreendente, suas cervejas, a conservação das partes históricas, enfim um país que merece ser visitado, e nem de longe ao visitar a Alemanha vem a cabeça qualquer menção à guerra, é agradável demais com um povo alegre e receptivo, preparadíssimo para o turismo.


Aproveitando a ocasião agradeço a hopitalidade do Bories e da sua mãe ao nos acompanhar em uma agradável refeição pela cidade, com dicas e muita informação sobre o país, da qual nos foi útil para entender melhor a Alemanha, regado a muita cerveja da melhor qualidade.

Mais fotos da Alemanha no link:


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